Depois que a juíza Ana Graziela Vaz de Campos Alves Corrêa, da 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Cuiabá, determinou que o advogado Nauder Júnior Alves Andrade irá a júri popular, o réu assumiu a própria defesa e entrou com recurso contra decisão.
No documento, advogando em causa própria, ele manifesta o “desejo de recorrer da sentença que pronunciou o Acusado pela prática em tese do crime previsto no artigo 121”, do Código Penal.
Preso em agosto de 2023, após espancar sua namorada com uma barra de ferro no bairro Morada do Ouro, em Cuiabá, Nauder foi colocado em liberdade em maio de 2024 pelo Tribunal de Justiça (TJ), mediante uso de medidas cautelares, entre elas o uso de tornozeleira eletrônica.
Durante a primeira fase do processo, a defesa do advogado tentou desclassificar os delitos imputados pelo Ministério Público para lesão corporal ou, caso acolhido o pedido de pronúncia, que fossem excluídas as qualificadoras de motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima. A magistrada validou todas as imputações do Ministério Público.
No dia do crime, Nauder tentou manter relações sexuais com a vítima após uso de entorpecentes. Com a recusa, o advogado entrou em estado de fúria e a agrediu com socos e pontapés. Não satisfeito, utilizou uma barra de ferro para espancá-la e a enforcou diversas vezes. A namorada chegou a ficar desacordada, mas conseguiu fugir de casa quando recobrou a consciência e procurou ajuda na portaria de um condomínio da região.
Em 2023, a juíza Ana Graziela Vaz de Campos Alves Corrêa havia determinado que o caso iria a júri popular. No entanto, em maio, o TJ acatou um recurso do advogado e anulou seu pronunciamento. Já no dia 27 de junho, a juíza reverteu a decisão e manteve o júri popular.
Fonte: HNT – HIPERNOTICIAS
