Mato Grosso é o 9º no ranking de mortes violentas de vítimas LGBTQIA+, segundo ONG

Mato Grosso é o 9º no ranking de mortes violentas contra vítimas LGBTQIA+, de acordo com a ONG Grupo Gay da Bahia. Os dados foram divulgados em razão do Dia Nacional da Afirmação Gay, celebrado nesta segunda-feira (28).

Apenas no ano passado, foram contabilizadas 15 mortes no estado, o que corresponde a 5%, segundo a ONG.

No ano passado, os gays foram as principais vítimas de violência, pelo segundo ano consecutivo, segundo o levantamento. Do total de casos, corresponde a 51%; travestis, transexuais e mulheres trans, a 36%; lésbicas, 4%; bissexuais, homens trans e não binários, 1,3%.

Veja abaixo a relação dos estados e o percentual de mortes:

Mortes violentas de LGBTQIA+ por estado em 2021
Em %
14 São Paulo
10,7 Bahia
9 Minas Gerais
8,7 Rio de Janeiro
6,3 Paraná
5,7 Ceará
5,7 Pará
5,3 Pernanbuco
5 Mato Grosso
4.3 Alagoas
Fonte: GGB, 2022

Segundo o estudo, desde 1963, os gays são o grupo mais atingido pela violência. O estudo apontou que os homossexuais representam cerca de 10% dos brasileiros, sendo mais de 22 milhões de pessoas. Já as travestis e transexuais, 1 a 4 milhões.

A pesquisa ainda ressaltou que os dados são estimativas, uma vez que não há dados demográficos oficiais sobre as minorias sexuais.

A ONG também estimou que a população trans acaba sendo a mais assassinada do que os outros gêneros devido ao modo de vida ligado à prestação de serviços sexuais na pista, local que, segundo o estudo, é tradicionalmente marcado pela violência intergrupal e policial.

Já o registro de casos letais envolvendo as lésbicas é um número menor, com 4%. Segundo o levantamento, esse índice segue uma tendência a nível mundial.

Veja abaixo a relação dos casos com a cor de pele das vítimas:

Cor do LGBTQIA+ vítima de morte violenta no Brasil em 2021
Em %
28,6 Branca
25 Parda
16 Preta
0,3 Indígena
30 Sem informações
Fonte: GGB, 2022

De acordo com a pesquisa da ONG, a cor das vítimas acaba prevalecendo no momento da violência. Contudo, o estudo destacou que não há um compilado oficial com essa filtragem de dados, o que dificulta o monitoramento dos casos e abrindo margem para a subnotificação.

A ONG explicou no estudo que a metodologia utilizada no levantamento levou em conta a foto pessoal de cada vítima para identificar a cor de pele, já que essas informações não constam em nenhum banco de dados oficiais, por isso que a maioria dos casos, com 30%, não possuem qualquer informação a respeito disso.

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