‘É mais prejudicial à imagem de quem muda de voto’, diz Michelly sobre honraria a Cattani

Em entrevista na terça-feira (19), a vereadora Michelly Alencar (União) disse que a decisão da Câmara Municipal de Cuiabá em manter o título de cidadão cuiabano concedido ao deputado Gilberto Cattani (PL) prejudica apenas aos vereadores que mudaram seu voto e ao próprio deputado. Na semana passada, após terem aprovado o parecer para a retirada da honraria, não houve votos suficientes para cancelar o título.

Na sessão do dia 5 de setembro, por 21 votos a 3 os vereadores de Cuiabá aprovaram o parecer da Comissão Permanente de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) para revogação do título de cidadão cuiabano concedido a Cattani. Proposta foi feita após o parlamentar ter comparado mulheres feministas a vacas prenhas.

No entanto, na semana seguinte, na sessão do dia 14, apenas 13 parlamentares votaram para aprovar o decreto de resolução. Já 4 vereadores votaram contra e 3 se abstiveram. Eram necessários 18 votos para que fosse anulada a homenagem. A vereadora Michelly Alencar, que nas duas ocasiões votou pela retirada do título, não crê que houve influência do deputado.

“O que aconteceu é que tem vereador que vota de um jeito em uma votação do parecer, depois vota de outro jeito na votação da matéria, o meu voto permaneceu o mesmo. […] Não acho que houve [influência], acho que é mudança de opinião dos próprios vereadores ao analisar o cenário, não sei”, avaliou.

O que pesava contra Cattani, além da comparação de mulheres com vacas, era sua postura no conflito com a vereadora Maysa Leão (Republicanos), que recebeu ataques e ameaças dos seguidores dele após uma publicação em seu perfil no Instagram, insinuando que ela defende estupradores.

Vários vereadores saíram em defesa de Maysa, inclusive o presidente da Câmara e correligionário do deputado, o vereador Chico 2000 (PL), porém, o título acabou sendo mantido. Michelly entende que a manutenção da honraria não mancha a imagem do Poder Legislativo, apenas prejudica aqueles responsáveis por não anulá-la.

“É prejudicial a quem vota de um jeito em uma votação e vota de outro jeito em outra votação, e para o próprio Cattani, para a Câmara não, não foi nenhum vereador que fez isso, foi o deputado. Acho que é mais prejudicial à imagem do deputado e para quem muda de voto, para mim, por exemplo, como não mudei de voto, tenho a mesma opinião e segui essa linha, ficou tudo bem”.

Fonte: A Gazeta

 

 

 

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