Casos de violência doméstica aumentam fim de ano, diz delegada

De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, no ano de 2022, Mato Grosso ocupou o terceiro lugar de estado que mais mata mulheres no país. Até o final de dezembro, 42 mulheres haviam sido assassinadas pelos companheiros no Estado, e períodos de festas, como Natal e Ano Novo, regados a bebidas alcoólicas são momentos em que os casos de violência doméstica aumentam drasticamente.

Comandando a Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cuiabá, a delegada Judá Maali Pinheiro Marcondes conversou com o Mídiajur e disse que, nesse período de recesso, as vítimas acabam ficam 24 horas em casa, junto de seu agressor. Segundo a delegada, a orientação principal a essas mulheres é procurar a polícia diante do menor sinal de violência, para evitar situações agravantes.

“Nós sabemos que a violência doméstica está dentro dos lares e quando associada a bebida alcoólica, em especial no final de ano, é importante que essa mulher se proteja e que a família também proteja essas mulheres, orientando a se distanciar, a procurar a polícia e se defender através de medidas protetivas”, afirmou a delegada.

De acordo com o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, a violência doméstica é a principal causa de feminicídio no Brasil e no mundo. Diferente do que muitos pensam, ela não está associada apenas a agressões físicas, mas também as violências psicológicas, sexuais, morais e patrimoniais. 

Judá afirma que as medidas protetivas são dispositivos que podem proteger as vítimas de maneira efetiva. “Quando a mulher solicita uma medida protetiva, o agressor é acionado e passamos uma mensagem a ele de que o sistema de justiça de segurança está de olho nele. Dessa forma, muitos desses agressores cumprem essas medidas e não voltam a agredir essas mulheres” declarou.    

Procure ajuda

Caso você esteja passando por esse tipo de situação ou conhece alguma mulher que esteja, ligue 180, o número nacional e específico para atendimentos às mulheres, vítimas de violência doméstica. Além desse número, é possível telefonar para o 181, 190 e 197, que são de abrangência estadual. 

Fonte: Mídia Jur

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