Uma mulher, identificada como Rosângela Oliveira da Silva, de 49 anos, foi morta a facadas, dentro de casa, em Juscimeira, a 164 km de Cuiabá, nessa terça-feira (2). Segundo a Polícia Civil, o principal suspeito do crime é o namorado dela, identificado como Claudenir Ferreira dos Santos, de 33 anos, que teria fugido com o carro da vítima após o assassinato. Nesta quarta-feira (3), ele foi preso em um ônibus na Bahia.
O g1 tenta localizar a defesa do suspeito.
A polícia também informou que Rosângela e Claudemir tinham um relacionamento de, aproximadamente, dois anos e moravam juntos.
Conforme o registro da ocorrência, o filho da vítima não conseguia falar com a mãe desde a noite de segunda-feira (1°) e, quando ele foi até a casa dela, encontrou o vidro da porta da frente quebrado, momento que chamou a Polícia Militar.
Ainda de acordo com a polícia, quando os militares entraram no quintal da casa, conseguiram ver, através da janela, um corpo caído na cozinha. Em seguida, eles quebraram o cadeado para entrar na residência, constatando que Rosângela já estava morta, com várias perfurações pelo corpo e uma facada no pescoço.
À polícia, vizinhos disseram que na noite do crime escutaram barulhos e uma discussão na casa por volta das 20h. A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) foi acionada e a Polícia Civil investiga o caso.
Estado com maior taxa de femicídios
O estado de Mato Grosso registrou a maior taxa de feminicídios do país, com 2,5 mortes para cada grupo de 100 mil mulheres. Os dados foram divulgados no dia 7 de março, pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
Em números absolutos, foram 46 feminicídios em 2023. Destes, apenas 5 mulheres tinham medida protetiva contra o agressor, segundo levantamento da Policia Civil. O número representa que apenas 11,9% dos homens eram observados pela segurança pública.
Como classificar o feminicídio
A Lei do Feminicídio, o criada em 2015, define como feminicídio o assassinato de uma mulher cometido por “razões da condição de sexo feminino”. A pena prevista nesses casos é de 12 a 30 anos de reclusão.
Para o assassinato de uma mulher ser considerado feminicídio, é identificado em contexto marcado pela desigualdade de gênero. Em muitos casos, as vítimas estavam passando pelo ciclo da violência doméstica, como violência física, psicológica e financeira.
Fonte: G1/MT