O advogado Marcos Dalto e sua esposa Daiane Dalto passaram um tremendo sufoco, no último dia 15, no município de Tangará da Serra (252 quilômetros de Cuiabá). O filho deles, recém nascido, teve um refluxo após a amamentação. Em desespero, o casal tentou fazer com que a criança desengasgasse. Sem êxito, ligaram para uma enfermeira conhecida que se dirigiu até o local e conseguiu fazer com que a criança voltasse um pouco ao equilíbrio normal, porém, ela recomendou que a criança fosse até o hospital para acompanhamento de estabilização. Foi, a partir daí que a situação do casal ficou ainda mais complicada.
O advogado ligou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), e, segundo eles, o atendente fazia perguntas aleatórias “desnecessárias” enquanto o bebê ainda passava dificuldade para respirar. Em seguida, eles tomaram a iniciativa e procuraram o hospital público.
Já no hospital, o filho foi encaminhado a uma sala de triagem. “O médico não demonstrava nenhum interesse necessário pelo caso”, disse. “No hospital, não tinha aparelhos de medição de oxigenação. Estavam quebrados. A situação foi piorando. O braço dele começou a ficar roxo e ficamos desesperados. Pra piorar o hospital estava muito lotado. Muitos doentes e todas as portas que tentamos atendimento, não havia ajuda pra nós”, desabafou.
Somente depois desse susto é que o casal foi parar no hospital e o filho passou por exames e ficou bem. “Graças a Deus, foi só um susto”. O pai aproveitou pra fazer um alerta às autoridades do município: “Nós tivemos condição de levar no paricular, mas quantos não tem? Ele passou risco de algo pior. O atendimento era péssimo. Não apenas na estrutura, era falta de interesse dos profissionais que nos atenderam”.
Fonte: VOZMT
