Gretchen, de 62 anos de idade, deu uma entrevista e abriu o coração ao relembrar as agressões físicas sofridas de um ex-marido. Sem citar o nome do agressor, ela ainda falou que tem ajudado mulheres que, assim como ela, também são vítimas de violência doméstica.
“Eu ajudo muitas mulheres com esse assunto. Violência doméstica não acontece só em lugares pobres, nos lugares simples. A violência doméstica acontece em qualquer lugar, com artista, gente rica. Todos os lugares e, hoje em dia, acontece mesmo”, disse Gretchen, em entrevista ao programa Chupim, da rádio Metropolitana FM.
Gretchen, que descreve o ex como um sociopata – já que ele a obrigava também a vestir roupas dee acordo com o gosto dele e ser escoltada na época da faculdade – dizendo que o comportamento dele ia muito além do machismo.
“Não é que era machista, na verdade, ele era sociopata. Tinha que ser do jeito que ele queria, com a roupa que ele queria, não podia sair de casa de jeito nenhum. Quando ia para a faculdade, eu tinha uma escolta que me levava e buscava. Era desse jeito”, contou Gretchen. Ela ainda detalhou que após as agressões ouvia o ex pedir perdão de joelhos. “Isso é uma doença. Depois que eu apanhava, ele ajoelhava, pedia desculpas e até dizia que iria morrer”, disse ela, e até confessou: “Eu pensava: ‘Então morre, por favor'”.
Ao falar de seu casamento com o atual marido, Esdras de Souza, Gretchen diz que mantém o músico longe das tarefas domésticas por decisão própria de manter “seu lado mulher”, algo que ela herdou da educação materna.
“Meu lado mulher que eu não abro mão mesmo. Primeiro, que eu fui criada por uma mãe submissa, que sempre fazia tudo para o meu pai. Ela acordava meia-noite para pôr a comida dele quente. Então, a gente aprendeu assim de ele levantar de manhã e o café da manhã já estar na mesa. Ele quer pegar o prato para lavar a louça e eu: ‘De jeito nenhum. Vai tocar o seu saxofone. Vai fazer os seus arranjos, que quem cuida da casa sou eu’. Isso é uma coisa minha. Quando ele sai do banho, a roupa dele já está na cama. É um jeito meu e das minhas irmãs porque fomos criadas assim”, ainda contou Gretchen.
Fonte: unicanews