‘Fiz o que toda mulher deve fazer’, diz Vânia após denunciar o ex-marido

Coronel Vânia Rosa, candidata a vice-prefeita de Cuiabá pela chapa NOVO e PL, afirmou que “fez o que qualquer mulher que se sinta ameaçada ou em risco deve fazer”, ao denunciar o ex-marido por perseguição, no pátio do 1º Batalhão da PM, no Porto, em Cuiabá, na última terça-feira (17).

Em nota divulgada pela assessoria de imprensa da candidata, ela afirma que nem mesmo ela, que foi comandante da Patrulha Maria da Penha, está isenta de viver episódios de violência contra a mulher.

“Fiz o que qualquer mulher que se sinta ameaçada ou em risco deve fazer: encorajar-se para mudar uma visão social que ainda se envergonha de expor as pequenas e grandes violências passadas pelas mulheres e suas famílias”, diz trecho.

Ela também destacou que a situação serve de exemplo para outras mulheres, que devem denunciar todos os tipos de violência, seja ela doméstica, psicológica, moral, patrimonial e sexual. A coronel finalizou a nota pedindo “respeito a intimidade”.

Entenda o caso

O comandante Hugo Rafael Carvalho Nascimento relatou que estava estacionado no pátio, quando percebeu que dois carros, sendo um Virtus preto e um Chevrolet prata, entraram no local. Após parar alguns instantes, eles saíram.

Momentos depois, os dois veículos retornaram ao batalhão e pararam. O condutor do Chevrolet, o coronel Ronaldo Roque da Silva, ex-comandante do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) desceu do veículo.

Ele insistia para que Vânia, que estava no Virtus, abaixasse o vidro, mas ela não atendeu. Os policiais foram conversar com Roque, mas o mesmo disse que não estava acontecendo nada.

Uma testemunha, que acompanhava Vânia, disse que o suspeito estaria perseguindo a vítima há mais de 30 dias, momento em que o ex-marido a chamou de “barraqueira”. Após alguns instantes, o suspeito entrou no seu carro e saiu do local.

Vânia recebeu apoio emocional dos policiais, relatou que estava separada do suspeito há cerca de 30 dias e sofria perseguição dele. Ela disse ainda que buscaria se acalmar para decidir as medidas que adotaria para aquela situação.

Leia a nota na íntegra

“Infelizmente, a violência contra a mulher pode ocorrer com qualquer uma de nós, não estou isenta disso. Enquanto comandante a Patrulha Maria da Penha em Cuiabá orientei e apliquei o mesmo procedimento a diversas casos semelhantes.

Fiz o que qualquer mulher que se sinta ameaçada ou em risco deve fazer: encorajar-se para mudar uma visão social que ainda se envergonha de expor as pequenas e grandes violências passadas pelas mulheres e suas famílias. E que sirva de exemplo para outras mulheres denunciarem os diversos tipos de violência que sofrem, como a doméstica, psicológica, moral, patrimonial, sexual, dentre outras nuances da falta de respeito.

No mais, peço que respeitem minha intimidade quanto ao ocorrido.”. 

Fonte: Gazeta Digital

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