A médica e pré-candidata ao Senado Natasha Slhessarenko (PSB) avalia como “interessante” a possibilidade de o governador Mauro Mendes (União) ter palanque aberto a todos os três candidatos ao Senado da base aliada. Além dela, há os nomes do senador Wellington Fagundes (PL) e Neri Geller (PP).
Ela participou da reunião realizada na noite da segunda-feira (11), no Palácio Paiaguás, para discutir o assunto e diz que sentiu boa receptividade. Dos pré-candidatos, apenas Neri Geller não estava presente.
Para a médica, o apoio do governador é importante, pois Mauro Mendes tem feito um grande trabalho no comando do Palácio Paiaguás. “São 140 prefeitos apoiando, faltou apenas um. O governador tem feito um trabalho com humanismo e ele merece a reeleição”, comentou.
Sem espaço no grupo do governador, Neri Geller radicalizou e seguiu para compor com a esquerda e acabou de certa forma “tomando” o lugar de Natasha como a pré-candidata de Lula em Mato Grosso. O PSB de Geraldo Alckmin está junto ao PT no projeto maior que é a Presidência da República.
Com Wellington Fagundes com apoio de Bolsonaro de um lado, e Geller com Lula do outro, a médica pontua que não se preocupa em ficar envolvida nessa polarização. Para ela, o país não suporta mais viver em extremos.
“Essa polarização chegou às raias da loucura. Estamos vendo morte por polarização, violência política. Tem que parar com essa polarização. Quero ser a pré-candidata de todos os mato-grossenses, de todos os segmentos do estado. Eu como médica, empresária, professora quero poder representar todas as demandas, todas as pautas do nosso estado e cada um tem o direito de escolher quem quer para ser o presidente. Acho que isso é muito importante. A democracia é essa. E fere frontalmente a democracia qualquer tipo de violência”, ponderou.
Contudo, Natasha diz que isso não significa que ela ficará em cima do muro. A decisão sobre apoio à candidatura de presidente será sacramentada na convenção do PSB de Mato Grosso dia 30 de junho. Até lá, a pré-candidatura de Alckmin também deve ser definida.
“Vou pedir apoio para o povo de Mato Grosso para a minha pré-candidatura como senadora e o povo escolhe quem quiser. Eu acho que vale fazer uma análise daquilo que ele teve quando o presidente era o Lula e o que ele tem agora com o presidente Bolsonaro. Acho que isso é o que é importante. A democracia é essa sem violência. Somos um país pacífico, acolhedor. Isso não combina com o brasileiro, isso está nos levando a situações extremamente trágicas como a que aconteceu no Paraná. Precisamos seguir em paz, essa polarização é muito ruim, famílias estão destroçadas, muitas brigas, todos nós conhecemos quem já brigou por causa dessa polarização”.
Fonte: www.leiagora.com.br