O Brasil deverá ter, até 2030, quase 30% de sua população adulta com obesidade. A projeção foi feita pela World Obesity Federation, uma organização internacional voltada para redução, prevenção e tratamento da obesidade.
Atualmente, dados da Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) de 2021, uma pesquisa feita pelo Ministério da Saúde, indicam que 22% da população brasileira adulta apresenta obesidade.
A condição é calculada por meio do IMC (índice de massa corporal), que consiste na divisão do peso pela altura ao quadrado.
Quando o resultado fica entre 25 e 30, considera-se que há sobrepeso -condição que atinge 57% da população adulta no país, segundo a Vigitel.
Se o IMC for maior que 30, o caso é categorizado como obesidade.
Os números da World Obesity Federation também apontaram que a condição pode ser uma realidade para mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo até 2030. Para efeito de comparação, em 2010 o número era aproximadamente a metade.
“Alguns fatores relativamente conhecidos para obesidade estão impactando países que anteriormente não tinham altas taxas, como um largo acesso a comidas muito industrializadas e de alimentos refinados”, diz Carlos Schiavon, cirurgião bariátrico e coordenador da ONG Obesidade Brasil.
A federação utilizou dados já consolidados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e do Banco Mundial, além de realizar as estimativas por meio do histórico de obesidade dos países.
No Brasil, caso se confirme a projeção para 2030, o país vai se tornar a quarta nação com maior número absoluto de pessoas com excesso de peso no mundo, atrás somente dos Estados Unidos, da China e da Índia.
A possível prevalência de 30% da condição em toda a população adulta brasileira foi categorizada como alta pela federação. Outras regiões, no entanto, chegam a percentuais muito maiores, como a Samoa Americana, que, em oito anos, poderá ter quase 70% da sua população com obesidade.
“O índice no Brasil é muito alto. Comparativamente, está um pouco melhor, mas continua sendo muito alto”, afirma Schiavon.
As estimativas também conseguiram identificar a diferença em relação a gênero. No total, conforme a projeção, a maior parcela de pessoas com obesidade no país seriam as mulheres, algo já reconhecido pela literatura médica.
“Se formos ver o número de cirurgias bariátricas, são três mulheres operadas para cada homem. Então realmente há uma incidência e prevalência maior em mulheres comparada a homens” afirma Ricardo Cohen, coordenador do Centro de Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
Segundo ele, o quadro pode ter relação com aspectos genéticos. Isso ainda está sendo investigado e pode ser de extrema importância para prevenção e tratamento da condição, já que, segundo o médico, “sabemos que o grande fundamento da obesidade é genético”.
Os problemas de ter um maior número de pessoas obesas impactam diferentes facetas da sociedade, como no desenvolvimento de diabetes, hipertensão e colesterol alto.
Esse cenário reflete diretamente na situação econômica dos países, tanto em relação aos gastos no tratamento das doenças como na perda de capacidade produtiva.
Nesse caso, a projeção realizada pela organização também se debruçou sobre esse ponto. Para entender esses efeitos, os pesquisadores observaram os custos diretos e os indiretos que o excesso de peso acarreta.
Aqueles chamados diretos dizem respeito às despesas tidas no tratamento da obesidade e das doenças decorrentes dela, como diabetes, mas também às relacionadas ao processo de busca de serviço de saúde, como quando ocorre viagens para atendimento médico.
Os custos indiretos referem-se à perda de capacidade produtiva das pessoas obesas e às mortes prematuras relacionadas à condição de excesso de peso.
Com esses pontos definidos, foi mensurado que o Brasil iria mais do que quadruplicar seus custos envolvendo sobrepeso e obesidade. Estima-se que o custo total alcançou US$ 39 bilhões em 2019. A projeção é que subiria para US$ 181 bilhões em 2060.
Além dos adultos, a projeção observou a obesidade em crianças e adolescentes, que deve ter um incremento de quase 100 milhões entre 2020 e 2030 em todo o planeta.
Para o Brasil, o estudo encontrou que o aumento de crianças e adolescentes obesas entre 2010 e 2030 deve ser de 3,8% a cada ano. Esse quadro, segundo a federação, é categorizado como muito alto e deve ocasionar mais de 7 milhões de jovens obesos em oito anos.
O Brasil deverá ter, até 2030, quase 30% de sua população adulta com obesidade. A projeção foi feita pela World Obesity Federation, uma organização internacional voltada para redução, prevenção e tratamento da obesidade.
Atualmente, dados da Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) de 2021, uma pesquisa feita pelo Ministério da Saúde, indicam que 22% da população brasileira adulta apresenta obesidade.
A condição é calculada por meio do IMC (índice de massa corporal), que consiste na divisão do peso pela altura ao quadrado.
Quando o resultado fica entre 25 e 30, considera-se que há sobrepeso -condição que atinge 57% da população adulta no país, segundo a Vigitel.
Se o IMC for maior que 30, o caso é categorizado como obesidade.
Os números da World Obesity Federation também apontaram que a condição pode ser uma realidade para mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo até 2030. Para efeito de comparação, em 2010 o número era aproximadamente a metade.
“Alguns fatores relativamente conhecidos para obesidade estão impactando países que anteriormente não tinham altas taxas, como um largo acesso a comidas muito industrializadas e de alimentos refinados”, diz Carlos Schiavon, cirurgião bariátrico e coordenador da ONG Obesidade Brasil.
A federação utilizou dados já consolidados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e do Banco Mundial, além de realizar as estimativas por meio do histórico de obesidade dos países.
No Brasil, caso se confirme a projeção para 2030, o país vai se tornar a quarta nação com maior número absoluto de pessoas com excesso de peso no mundo, atrás somente dos Estados Unidos, da China e da Índia.
A possível prevalência de 30% da condição em toda a população adulta brasileira foi categorizada como alta pela federação. Outras regiões, no entanto, chegam a percentuais muito maiores, como a Samoa Americana, que, em oito anos, poderá ter quase 70% da sua população com obesidade.
“O índice no Brasil é muito alto. Comparativamente, está um pouco melhor, mas continua sendo muito alto”, afirma Schiavon.
As estimativas também conseguiram identificar a diferença em relação a gênero. No total, conforme a projeção, a maior parcela de pessoas com obesidade no país seriam as mulheres, algo já reconhecido pela literatura médica.
“Se formos ver o número de cirurgias bariátricas, são três mulheres operadas para cada homem. Então realmente há uma incidência e prevalência maior em mulheres comparada a homens” afirma Ricardo Cohen, coordenador do Centro de Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
Segundo ele, o quadro pode ter relação com aspectos genéticos. Isso ainda está sendo investigado e pode ser de extrema importância para prevenção e tratamento da condição, já que, segundo o médico, “sabemos que o grande fundamento da obesidade é genético”.
Os problemas de ter um maior número de pessoas obesas impactam diferentes facetas da sociedade, como no desenvolvimento de diabetes, hipertensão e colesterol alto.
Esse cenário reflete diretamente na situação econômica dos países, tanto em relação aos gastos no tratamento das doenças como na perda de capacidade produtiva.
Nesse caso, a projeção realizada pela organização também se debruçou sobre esse ponto. Para entender esses efeitos, os pesquisadores observaram os custos diretos e os indiretos que o excesso de peso acarreta.
Aqueles chamados diretos dizem respeito às despesas tidas no tratamento da obesidade e das doenças decorrentes dela, como diabetes, mas também às relacionadas ao processo de busca de serviço de saúde, como quando ocorre viagens para atendimento médico.
Os custos indiretos referem-se à perda de capacidade produtiva das pessoas obesas e às mortes prematuras relacionadas à condição de excesso de peso.
Com esses pontos definidos, foi mensurado que o Brasil iria mais do que quadruplicar seus custos envolvendo sobrepeso e obesidade. Estima-se que o custo total alcançou US$ 39 bilhões em 2019. A projeção é que subiria para US$ 181 bilhões em 2060.
Além dos adultos, a projeção observou a obesidade em crianças e adolescentes, que deve ter um incremento de quase 100 milhões entre 2020 e 2030 em todo o planeta.
Para o Brasil, o estudo encontrou que o aumento de crianças e adolescentes obesas entre 2010 e 2030 deve ser de 3,8% a cada ano. Esse quadro, segundo a federação, é categorizado como muito alto e deve ocasionar mais de 7 milhões de jovens obesos em oito anos.
“Um problema é que essas crianças e adolescentes com obesidade têm uma grande chance de também serem adultos obesos. Isso é muito preocupante porque o futuro já estaria comprado, ou seja, já teríamos números ruins”, diz Schiavon.
“Um problema é que essas crianças e adolescentes com obesidade têm uma grande chance de também serem adultos obesos. Isso é muito preocupante porque o futuro já estaria comprado, ou seja, já teríamos números ruins”, diz Schiavon.
Fonte: www.midianwes.com.br