Nascida em Cuiabá e criada em Várzea Grande, Everlucy Arruda da Silva, 33 anos, iniciou a faculdade de fisioterapia e, devido às dificuldades de ser mãe solo, trancou no quinto semestre. Atualmente, Everlucy é conhecida como Luh Arruda. Em 2017, Luh iniciou na política, após uma pré-conversa para ser deputada estadual e, após, optou por apoiar outros colegas e estudar cada vez mais o meio político. Everlucy explica que já possui uma bagagem familiar, devido às participações em outras campanhas e sempre observar pelos bastidores. E neste mesmo ano, assumiu o cargo de coordenadora de um pré-candidato.
Centro Oeste Popular – Está é a sua primeira eleição? E há quanto tempo está na política?
Luh Arruda – Essa é a minha primeira eleição e iniciei em 2017, com uma pré-conversa, como deputada estadual, mas acabei apoiando outros colegas, logo quando saiu o partido patriota. Daí acabei me interessando na política, estudar mais. A minha família já é da política e temos uma bagagem e me envolvi em 2017, como coordenadora de um cabra eleitoral.
Centro Oeste Popular – E qual foi o motivo que fez com que se candidatasse a pré-candidata a vereadora por Várzea-Grande?
Luh Arruda – Um dos meus motivos é que hoje em dia, nós temos um serviço ruim na cidade e também pelo fato de realizar algumas coisas na cidade, não sendo algo social, mas sim particular, pois, sempre busco informações e acabo tendo um conhecimento mais aguçado. E as pessoas começaram a me procurar em questão de consultas, ficar muito tempo esperando uma cirurgia e, quando preciso do serviço público, principalmente na área de saúde, encontrava muita dificuldade e, por eu ter quatro filhos, dependo do serviço do Sistema Único de Saúde (SUS). Chegando lá, víamos aquele descaço e não temos um bom atendimento. Não só da parte da saúde, como em diversos outros setores, que vemos que existem falhas e, através disso, resolvi sair da zona de conforto e colocar meu nome à disposição.
Centro Oeste Popular – De qual forma você analisa o cenário político de Várzea-Grande?
Luh Arruda – Hoje, nos vemos que Várzea Grande virou uma cidade sem progresso. As pessoas que estão hoje no poder estão preocupadas somente com o seu meio e as pontas, não chegam até lá, porque criaram uma barreira. A população não consegue chegar até os seus defensores. Vejo que estão ali há muitos anos no poder, mantendo a máquina, mas não apresenta nenhum tipo de inovação e o mundo está crescendo, com várias oportunidades. Nós somos a segunda maior cidade e estamos parados no tempo. Tem muita coisa para melhorar.
Centro Oeste Popular – Qual será a principal bandeira que irá carregar nesta campanha?
Luh Arruda – Trabalho desde os meus 16 anos e sempre busquei a minha independência e hoje, como mãe, encontro grande dificuldade, para uma mãe iniciar um trabalho após a maternidade. E vejo que muitas mães que querem trabalhar, deixam de exercer a profissão ou faculdade, porque ela assumiu o serviço da maternidade e preciso de políticas públicas, que possam resguardar essas mulheres da melhor forma. E também a questão da saúde, acredito que para não chegarmos ao nível extremo, deveria existir um investimento na prevenção, que é a atenção básica. Por que se tiver a prevenção inicial na unidade básica de saúde, desafogamos os prontos socorros.
Centro Oeste Popular – Como foi a decisão da janela partidária?
Luh Arruda – Inicialmente, entrei no PL e eu acho que fui em Várzea-Grande uma das primeiras mulheres a se filiar no PL e já iniciar uma caminhada, antes mesmo da Flávia Moretti decidir vir a pré-candidata a prefeita. Estávamos montando a base e conheci o Chico Tangará em uma reunião, onde fomos conhecer um novo partido e não tínhamos gostado e iniciamos uma conversa. E nisso o Chico, me chamou para conversarmos e me chamou para o partido PL, pois, eu queria ser do partido que o Bolsonaro está. Mas com o passar do tempo, quando a Flávia veio ser pré-candidata a prefeita, fomos conversando e entrei na coordenação de empreendedorismo. Dentro disso tudo, após uma indicação da Flávia, entrei para o partido Podemos, pois, queria ficar em uma situação e vestir a camisa. Isso foi uma das melhores coisas que aconteceu, pois, quando a Stéphanie Jácomo veio e apresentou as ideias do partido e fiquei encantada. E através do meu desempenho, estou em primeiro lugar, no aplicativo do jornada da vitória.
Centro Oeste Popular – Como está sendo essa experiência de ser uma pré-candidata a vereadora?
Luh Arruda – Está sendo uma loucura e desafiadora, mas sigo contente com o resultado e com esperança de ganhar, pois, sempre estive nos bastidores. Minha família é muito grande e já conseguimos eleger alguns vereadores. E o principal de tudo, é que temos um apoio moral das pessoas, por estar sempre ajudando o próximo e está valendo muito a pena.
Centro Oeste Popular — Caso venha ganhar as eleições, quais serão os projetos iniciais?
Luh Arruda — Fiz algumas listas e sabemos os serviços que já existe em Várzea-Grande, mas precisamos melhorar, fazendo novas adequações. Um exemplo, não tem uma creche que pega a criança a partir dos 4 meses e essa creche deveria ser realizada para as mães poderem voltar ao trabalho e deixar os bebes com os profissionais capacitados. Um outro, gostaria de trabalhar sobre uma extensão de horário nas escolas e creches, pois, muitas mães saem tarde do serviço e não da tempo de chegar e gasta com serviços de van e na minha visão, a mãe esta pagando para trabalhar. E temos outros projetos grandiosos para essa cidade, um deles é a implantação de um IML, para facilitar a vida de quem mora lá.
Centro Oeste Popular — Durante o período eleitoral, como ira funcionar a sua campanha?
Luh Arruda — Estamos fazendo um trabalho de formiguinhas, buscando lideranças em bairros, amigos e fazendo uma piramide. Iremos realizar visitas, ligações, encaminhando material via whatsApp.
Centro Oeste Popular — De qual forma, a senhora analisa a união entre Cuiabá e Várzea-Grande?
Luh Arruda — Acredito que o prefeito de Cuiabá e o prefeito de Várzea-Grande, deveriam ter uma união e fazer algo que beneficiasse às duas cidades, que são vizinhas. Devido à falta de organização de planejamento de crescimento das cidades, estamos perdendo mão de obra, pois, as pessoas estão prestando concurso para o interior, porque lá tem um planejamento de crescimento. E hoje em dia, nós várzea-grandense, nos tornamos a mão de obra de Cuiabá e isso fomenta somente a economia de Cuiabá, então deveriam ter projetos que fomentassem tanto a economia de Cuiabá, quanto a economia de Várzea-Grande.
Fonte: Centro Oeste Popular
