Qualidade na assistência reduz risco de mortalidade neonatal e materna

A palavra obstetra tem origem no latim e significa “ficar ao lado”. Essa definição é essencial para compreender a importância da atividade desempenhada pelo médico(a) obstetra. Segundo dados do último Censo Demografia Médica no Brasil, os ginecologistas obstetras representam cerca de 6,5% de todas as 55 especialidades médicas, correspondendo a uma das maiores taxas mundiais.

Aline Montresor, médica, especialista em ginecologia e obstetrícia e professora do curso de Medicina da Universidade de Cuiabá (Unic), complementa o sentido e a essência da origem da palavra que dá nome à profissão. “A nossa obrigação é acompanhar de perto, observar e intervir quando necessário. Estamos lado a lado desde o início da gestação”, observa.

Essa rede de proteção existe desde o período inicial da gestação, por isso, a médica reforça a importância de um pré-natal adequado, para oferecer um parto seguro. “É durante este período que podemos prevenir, diagnosticar e tratar as possíveis complicações de doenças prévias, ou adquiridas durante a gestação, como a hipertensão, diabetes, alterações da tireoide, infecções urinárias e infecções sexualmente transmissíveis, que poderão implicar em maiores riscos para o binômio mãe e bebê, se não tratados adequadamente” aponta.

O acolhimento para um procedimento seguro e respeitoso, além de reduzir a taxa de mortalidade materna e perinatal, também consegue promover a saúde das mães e do recém-nascido. “A atenção à saúde de alta qualidade, respeito e assistência digna é um direito que deve ser oferecido a todas as mulheres. Assim como o direito em à integridade física, psicológica, livre da violência e discriminação”, defende Aline.

A especialista destaca, ainda, que o melhor parto é aquele avaliado como mais viável para cada caso.  Para que haja redução do número de cesarianas desnecessárias é preciso uma alteração cultural.

“Não existe o melhor parto. Existe o parto adequado, aquele que atende às necessidades e garante a saúde da mãe e do bebê. O acompanhamento desde o início garante que a melhor escolha seja feita”.

A professora diz que durante o acompanhamento com especialista da área, são explicados os riscos e benefícios de cada via de parto. Nas consultas, a futura mamãe e seu(a) obstetra conversam sobre as condições adequadas para realizar o parto vaginal (normal), ou as indicações de uma cesárea. Isso ocorre ao longo do pré-natal, com o acompanhamento e a evolução da gestação, priorizando sempre o bem-estar.

“É importante que exista uma relação entre médica e paciente o tempo todo. Isso fortalece a confiança e, a nossa missão é que a gestação seja um momento acolhedor, pra isso, é preciso diálogo e planejamento. Assim, buscamos como resultado um nascimento saudável e uma melhor recuperação”, explica.

Fonte: Midianews

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