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Família faz rifa para estudante disputar mundial de jiu-jitsu em SP

Família faz rifa para estudante disputar mundial de jiu-jitsu em SP

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A estudante mato-grossense Camila Vitória Kestring, de 16 anos, está se preparando para participar do Mundial Juvenil de Jiu-Jitsu em novembro, em São Paulo, torneio organizado pela Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu Esportivo (CBJJE). Ela é natural de Nortelândia (240 km de Cuiabá).

Para conseguir participar do torneio e viajar até São Paulo, Camila e a família estão organizando uma rifa para tentar angariar a quantia para custear as despesas. Em agosto a atleta já venceu um campeonato sul-americano, seu maior título até aqui.

A rotina da atleta é agitada. Ela levanta cedo para ir à escola e após o almoço ajuda o pai no escritório da oficina dele. Ao fim da tarde, vai para os treinos, que segue religiosamente por seis vezes na semana, até as 21h30.

O pai, Jocemar Kestring, diz que a filha é seu braço direito, não só na oficina. “Nós moramos em um sitio. Lá ela me ajuda a mexer com os animais, a tratar os porcos, das galinhas. Ela é meu braço direito lá”, diz.

Orgulhoso, o pai destaca o desempenho e dedicação da filha, que reconhece o apoio familiar. “Minha família sempre me apoiou, eles me incentivam demais a continuar. A família, os amigos, a cidade toda na verdade vem me apoiando”, conta Camila.

Foi a família que a incentivou a começar no mundo esportivo. “Havia uma escolinha com um professor que é soldado e lutador. Ele chamou as crianças para ir treinar, a gente incentivou e ela começou a treinar lá, há uns cinco anos”, afirma Jocemar.

A adolescente começou a lutar aos 11 anos, quando se matriculou nessa escolinha de judô. “Comecei a fazer judô e não gostei muito. Mudei para o jiu-jitsu, gostei e nunca mais parei”, diz Camila.

A família agora busca ajuda para bancar a viagem, que vai custar cerca de R$ 2.500. “Nortelândia é uma cidade pequena, a gente esta fazendo essa rifa porque não temos condições. Ela viajou recentemente e agora em dois meses tem que ir novamente, são despesas que não temos condições de pagar como hotel, quimono, refeição… pesa muito”, explica o pai.

A família não tem recebido apoio do poder público e conta com a população.

“A Prefeitura ajuda muito pouco, apesar do projeto. Ao ganhar o titulo Sul-Americano ela não recebeu nada de ajuda do Município”, reclama Jocemar. “Estamos tentando cadastro no Bolsa Atleta, mas por enquanto não temos nenhum auxílio dos governos estadual e federal”, explica ele.

A rifa solidária custa R$ 5 e o vencedor levará um pix no valor de R$ 100. O sorteio será no dia 19/11 e quem quiser adquirir um número, pode entrar em contato pelo telefone: (65) 99900-6981.

“A cidade está contribuindo bastante, já vendi muita até. Mas preciso de mais (risos)”, finaliza Camila.

Fonte: Mídia News

 

 

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