O coordenador estadual do Instituto Brasileiro de Transmasculinidade (Ibrat), Julian Tacanã, avaliou que o ambulatório é um marco, pois promoverá atendimento integral à saúde de pessoas transexuais.

“Quantas pessoas trans e travestis vão para as unidades básicas e não são atendidas. Aqui vamos conseguir ter isso, o processo tanto do acompanhamento hormonal, cirurgia se precisar, e essa é uma vitória muito grande dos movimentos sociais, dessa luta árdua. É muito importante que a gente consiga que as nossas lutas virem políticas públicas. Hoje a gente está tendo a saúde trans travesti virando política pública no estado”, comemorou.

Já a presidenta da Associação de Travestis  e Transexuais (Astra) de Mato Grosso e primeira mãe transexual do estado, Josy Thaillor, destacou que o ambulatório é fruto de uma luta de décadas.

“A nossa luta não é de hoje, esse sonho que está acontece hoje já vem de décadas. Então nós estamos felizes, agradecemos o esforço de todos que estão aqui presentes, que estão nos ajudando de alguma forma e olhando com esse olhar mais humano. O Brasil, nesse ano, completou 15 anos em primeiro lugar como país que mata as pessoas trans e travestis. Mato Grosso precisa acolher essa população, precisa olhar com um olhar mais humano, porque nós existimos, resistimos todos os dias”, disse.

A presidenta do Grupo Livremente, Xica da Silva, também comemorou a inauguração do ambulatório.

“Esse amulatório vai abrir as portas para outras meninas, mas essa luta não pode parar por aqui. A gente luta diariamente por ter um médico decente que seja capacitado, que atenda a gente dignamente. Nós somos mulheres trans, precisamos de atendimento com psicólogo, psiquiatra, ginecologista, médico que vai estar capacitado para atender a gente. Então é muito importante ter um médico que vai atender a gente e não vai ter exigência de atendimento. O ambulatório está aberto e essa luta não vai parar por aqui”, finalizou.

Fonte: SECOM/MT