Justiça mantém prisão de filho de ex-deputado após saídas sem autorização em prisão domiciliar

A juíza Ana Graziela Vaz de Campos Alves Corrêa, da 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Cuiabá, reavaliou e manteve a decisão de prisão preventiva de Carlos Alberto Gomes Bezerra, o Carlinhos Bezerra, preso pelo duplo homicídio cometido contra a ex-namorada Thays Machado e do namorado dela, Willian Moreno, em janeiro de 2023. A decisão é de segunda-feira (27).

No final de fevereiro, Carlinhos, que estava em regime domiciliar para tratamento de saúde, foi preso preventivamente após denúncia de descumprimento das medidas cautelares, por parte do Ministério Público Estadual (MPE).

Na segunda-feira, a magistrada reavaliou as condições da prisão de Bezerra após 89 dias, destacando que, embora a prisão preventiva sacrifique a liberdade individual, ela é decretada em prol do interesse social, justificando-se quando demonstrada a sua necessidade. A decretação foi realizada por ela mesma, no dia 28 de fevereiro.

“Principalmente, se considerarmos a gravidade dos fatos e a necessidade de garantia da ordem pública, especialmente, em relação aos crimes praticados no âmbito da violência doméstica”, destacou Ana Graziela.

A magistrada ressaltou ainda que Carlinhos é réu confesso que cometeu o crime por ciúmes e munido de “sentimento de posse e vingança”, matando Thays e Willian na frente da casa da mãe de Thays, que fica em um via pública, próxima a locais de alto fluxo de movimento.

“Além disso, ao custodiado foi conferido pelo E. Tribunal de Justiça a oportunidade de prisão domiciliar, ante a suposta alegação de extrema debilidade, todavia, transcorridos 90 (noventa) dias, o mesmo além de não comprovar a extrema debilidade, ainda descumpriu as cautelares impostas, demonstrando o seu desprezo pelas ordens e decisões emanadas pelo judiciário, permanecendo claro que a oportunidade conferida ao autuado, não surtiu efeito, se fazendo necessária a reprimenda do Estado, a fim de evitar cometimento de delito mais grave e maiores prejuízos”, concluiu Ana Graziela.

Fonte: MIDIAJUR

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