Na tarde desta segunda-feira (5.5), a polícia prendeu um médico de 29 anos sob suspeita de matar sua namorada, uma adolescente de 15 anos, em Guarantã do Norte, Mato Grosso. Em depoimento, o suspeito admitiu ter efetuado o disparo que atingiu a cabeça da jovem.
O crime ocorreu na madrugada do sábado anterior (3.5), por volta das 2h da manhã, na mesma cidade. Segundo informações policiais, o médico havia fugido, mas se entregou em uma base aérea no Pará na tarde desta segunda-feira, comunicando seu paradeiro à polícia. Uma equipe foi enviada para buscá-lo e levá-lo à delegacia de Guarantã do Norte.
Durante cerca de uma hora de interrogatório, acompanhado de seu advogado, o médico alegou que estava de carro com a vítima, voltando de um passeio, e que ambos estavam sob efeito de álcool. Ele afirmou que, em certo momento, a adolescente pediu para dirigir e sentou em seu colo. Ao pegar a arma, acreditando que não estivesse carregada, ocorreu o disparo.
O médico disse ter socorrido a vítima imediatamente, levando-a ao hospital. Conforme o boletim de ocorrência, ele acompanhou as tentativas de reanimação da adolescente, que não sobreviveram.
Questionado sobre a arma, o médico inicialmente hesitou, mas acabou indicando e acompanhando os policiais até o local onde a havia descartado, embaixo de uma ponte na saída de Guarantã do Norte, sentido ao Pará.
A polícia informou que foi aberto um inquérito policial, com previsão de conclusão em dez dias, considerando o cumprimento do mandado de prisão preventiva contra o suspeito. Foi ressaltado que o médico já possuía um registro de medida protetiva de urgência solicitada por uma ex-companheira em 2022.
Na madrugada do crime, a polícia militar foi chamada ao hospital de Guarantã do Norte, onde havia dado entrada uma adolescente de 15 anos vítima de um tiro na cabeça. Ela foi levada ao hospital pelo namorado, o médico preso. Um enfermeiro relatou que o médico chegou abalado, pedindo para salvarem a jovem. Após a confirmação da morte, ele teve uma reação emocional intensa, tentando danificar o mobiliário do hospital, e depois deixou o local.
Fonte: Cenário MT
