Bruno dos Santos Diesel, acusado de matar a professora e então namorada dele, Valérie Angelita Petronetto, de 48 anos, foi condenado a 33 anos de prisão pelo feminicídio, em Lucas do Rio Verde, a 360 km de Cuiabá. O crime ocorreu em dezembro de 2022.
O g1 tenta localizar a defesa de Bruno Diesel.
De acordo com o Ministério Público do Estado, responsável pela denúncia, Bruno e Valérie mantinham um relacionamento há mais de um ano, com histórico de agressões por parte do acusado e registros de ocorrência. No dia do crime, Bruno teria ingerido bebida alcoólica e drogas e, depois de uma discussão, passou a agredir a mulher com vários golpes com uma faca de serra.
Bruno responderá por homicídio quadruplamente qualificado (motivo fútil, emprego de meio cruel, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e contra a mulher, por razões da condição de sexo feminino).
Ele está preso desde dezembro de 2022. À época do crime, tentou fugir, mas foi encontrado na cidade de Dourados, em Mato Grosso do Sul, onde foi detido.
O feminicídio
Segundo a Polícia Militar, colegas de trabalho de Valérie acionaram a PM, depois que ela faltou no trabalho vários dias. No dia 13 de dezembro de 2022, a corporação foi até o imóvel e encontrou a professora morta. Na casa, os policiais identificaram, sangue pelo chão e paredes, indicando que o corpo havia sido arrastado até o quarto e, depois, escondido.
A vítima apresentava fraturas e lesões no rosto, como marcas de dentes, e sinais de golpes causados por faca.
Seis dias após o cirme, o suspeito foi localizado em um ônibus de viagem e confessou o crime, afirmando que matou a vítima na noite de sábado (10) e continuou frequentando a casa, mesmo com a professora morta. Ele disse que depois que o corpo da vítima começou a exalar odor, o escondeu em um dos quartos.
Histórico de violência
Segundo a Polícia Civil, o autor tem histórico de violência doméstica contra a vítima, com agressões constantes, conforme relatado aos policiais por familiares de Valérie. Ele é investigado em outro inquérito policial pelo crime de lesão corporal no âmbito doméstico contra a professora.
A vítima já havia registrado em ocasião anterior uma ocorrência de lesão corporal, dano e injúria praticados por ele. O crime resultou em flagrante, pelo qual ele foi preso. O procedimento foi concluído e encaminhado à Justiça.
Valérie permaneceu com medida protetiva de urgência pelo período de seis meses. Em julho, ela comunicou que não havia mais necessidade da medida.
Fonte: G1/MT