José Edson Douglas Galdino Santos foi intimado pela Vara Criminal de Diamantino para, no prazo de 10 dias, apresentar resposta à acusação contra ele pelo feminicídio de Lorrane Cristina Silva de Lima, 23, no dia 13 de março. O corpo dela ficou trancado em casa com duas crianças, filhos dela. A denúncia contra ele foi recebida no último dia 1º de abril.
José Edson foi indiciado pelo crime no dia 26 de março. O Ministério Público depois ofereceu denúncia contra ele pelo crime de homicídio com as qualificadoras de motivo torpe, meio insidioso e cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima, violência doméstica e familiar na presença física de descendente da vítima e feminicídio.
No dia 1º de abril, o juiz José Mauro Nagib recebeu a denúncia por considerar que “há prova da materialidade e indícios suficientes de autoria”. Ele também determinou a “realização de estudo psicossocial com os familiares e filhos da vítima, pela equipe do Juízo”.
Já na sexta-feira (26) foi publicada no Diário de Justiça a intimação para que a defesa de José Edson, que já obteve advogado, apresente resposta à acusação por escrito, no prazo de 10 dias.
Crime brutal
Lorrane foi achada após a polícia ir à sua casa para averiguar o motivo pelo qual os filhos dela terem faltado às aulas dois dias seguidos. A diretora da escola estranhou a situação e foi até a residência, quando um dos meninos falou com a professora, de dentro da casa. Ele relatou que a mãe estava dormindo e o padrasto havia saído para comprar remédio e deixou os menores trancados na casa, que não tinham a chave do portão.
Aos policiais, as crianças falaram que estavam bem, porém, foi percebido que a situação não estava normal. Os policiais então pularam o muro e entraram na casa, quando sentiram o mau cheiro vindo de um dos quartos. A vítima estava no chão, sem vida e com uma faca ao lado do corpo. As duas crianças estavam em outro quarto, em pânico, e foram retiradas do local e entregues aos cuidados do Conselho Tutelar.
O autor do feminicídio foi preso no dia 19 de março, na cidade de Rurópolis, no sul do Pará. Ele foi localizado no guichê de uma empresa de ônibus, na rodoviária da cidade paraense, por uma equipe da PM. José Edson afirmou que cometeu o crime para conseguir usar a digital da vítima e desbloquear o celular dela. O criminoso tinha um registro anterior, de abril de 2022, pelo crime de perseguição, denunciado por outra ex-companheira dele, na cidade de Lucas do Rio Verde.
Fonte: Gazeta Digital