A médica veterinária Cintya Castro de Abreu de 31 anos, recebeu o comunicado do médico nessa segunda-feira (11) de que está curada de um câncer de estômago. Ela tinha sido diagnosticada no dia 27 de agosto do ano passado e fez campanha para custear o tratamento.
Ao G1, o pai dela, Cireno Castro, contou que por enquanto ela continuará fazendo acompanhamento médico, mas que já foi curada. “Ela vai continuar com protocolo de reforço e em breve não precisará fazer mais nada. Será apenas um acompanhamento para o resto da vida. Hoje, ela está curada e não será preciso mexer em nada. É uma doença crônica, é controlável, como alguém com diabete ou pressão alta”, afirmou.
Segundo ele, a campanha de solidariedade reuniu doações pelo país inteiro e mudou a vida de toda a família.
“Deus tocou no coração de tantas pessoas que mudou a nossa história e da minha filha. Foi como se fosse aquela transformação da água para o vinho. Hoje estou muito feliz”, disse.
Uma das doações recebidas partiu de uma mulher do Pará. Ela programou doar mil reais para ajudar no tratamento de Cintya. Mas, quando o valor chegou, ela viu que eram R$ 15 mil.
Segundo Cireno, eles acharam que estivesse errado, entraram em contato e ouviram da mulher de que o dinheiro estava certo e ela sentiu que precisava doar um valor mais alto para Cintya. Essa doação veio num momento em que a família cogitava adiar algumas sessões de quimioterapia devido às condições financeiras.
Relembre a história
Natural de Belém, do Pará, Cintya foi morar em Nova Mutum, a 240 km de Cuiabá, junto com o marido. Ao descobrir o câncer no estômago, ela precisou se mudar para a capital em razão do tratamento.
Os pais dela também foram para a cidade para acompanhá-la nesse momento. Então, Cireno decidiu trabalhar como motorista de aplicativo na capital, para conseguir, de alguma forma, cobrir os custos com as sessões de quimioterapia.
A cada viagem feita, Cireno contava a história da filha e as pessoas ajudavam, o que foi ganhando cada vez mais apoio e solidariedade.
Ao longo do tratamento, ela foi perdendo peso e também os fios de cabelo. A família resolveu raspar os cabelos para se solidarizar com Cintya, enquanto ela estava passando por quimioterapia. Outros amigos também resolveram ficar carecas em solidariedade à ela.
Com a repercussão do caso e todo apoio, Cintya conseguiu ser tratada pelo cardiologista Fernando Maluf do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Agora, ela segue fazendo o acompanhamento pelo Instituto Câncer Brasil, em Sorriso, médio-norte do estado.
Fonte: G1/MT