A vereadora Maysa Leão (Republicanos) se tornou vereadora em definitivo neste ano de 2023 com a desistência de Diego Guimarães do cargo para assumir a vaga de deputado estadual na Assembleia Legislativa. Antes ela tinha permanecido de forma provisória com a cassação do mandato do tenente-coronel Paccola. Dona em definitivo da cadeira, ela quis trabalhar dois anos em um e aponta que fez muito pela cidade e pretende fazer ainda mais.
A parlamentar afirma que montou um gabinete como se fosse uma empresa, com metas e resultados a entregar, e que não se prendeu apenas ao plenário, mas também aos projetos que beneficiam a população. Dentre as iniciativas que ela destaca estão: a realização de cursos de capacitação para mulheres em situação de vulnerabilidade social, com foco no empreendedorismo e na geração de renda a organização de feiras e bazares solidários, com a arrecadação de fundos para entidades que acolhem mulheres vítimas de violência a fiscalização das escolas municipais, junto com outros vereadores, para verificar as condições de infraestrutura e ensino e a elaboração de mais de 30 projetos de lei, indicações e requerimentos, sobre temas como saúde, educação, cultura, meio ambiente e direitos humanos.
Um dos projetos de lei mais impactantes de Maysa Leão foi o que criou o fluxograma da jornada do autista, estabelecendo os procedimentos e os serviços que devem ser oferecidos pela Prefeitura de Cuiabá para o diagnóstico e tratamento das pessoas com transtorno do espectro autista. Esse projeto virou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) do Ministério Público, que colocou o município em um estudo já há dois anos para implementar as medidas previstas na lei.
“Também fiz a Semana Quebrando o Silêncio, que é uma semana de informação dentro das escolas para que as pessoas saibam o que é violência de gênero. A gente pensa que é óbvio, mas quando a gente vai para as escolas, eu tive a oportunidade de ir e de falar com mais de seis mil alunos. A gente começa a entender que as pessoas nem sabem que passam por violência ou que a mãe passa por violência. Por meio dessa semana, que é obrigatória, temos esclarecido mais sobre o assunto”.
Outro projeto importante foi o do cadastro profissional de pessoas com deficiência para ajudá-las a encontrarem emprego e as empresas encontrarem essas pessoas. Outra proposta com impacto na sociedade é sobre o mês Agosto Branco, para debater o câncer de pulmão.
“As pessoas, especialmente os mais jovens, estão fumando cigarros eletrônicos (pods, vaper) como se fosse um brinquedo e, por isso, aumentou muito fortemente o câncer de pulmão. Então, o legislativo precisa olhar a sociedade como ela está hoje e pensar em projetos que possam impactar e buscar soluções aos problemas”.
Maysa Leão diz que se sente feliz com o que conseguiu construir em apenas um ano e acredita que se destacou na Câmara, pautando o tom das sessões e fazendo os colegas se conectarem. Ela também diz que recebeu convites para disputar outros cargos políticos, embora deseje não permanecer no mesmo local, mas de crescer e representar melhor a cidade em outros cargos, a reeleição a vereadora também é uma possibilidade.
“Eu sou cuiabana e entrei para política porque eu sentia que Cuiabá estava abandonada e precisava de representantes. Estou pronta para sonhos maiores desde que eles não tirem a minha jornada do rumo dela. Eu entrei para política pelos que não têm vez e voz, eu não quero perder a minha essência e não quero perder mais do que isso: a minha independência. Eu cheguei até aqui pelos votos, então eu não devo favor para ninguém”.
Fonte: Câmara Municipal de Cuiabá